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2014 que se vai, 2015 que vem!

Imagem de microscópio de células do meu rim direito.




Eu não sou a pessoa indicada para julgar, eu não tenho ao meu lado a razão ou mesmo a certeza que os juízes precisam ter para executarem suas sentenças, e por não querer ser injusta não me atrevo a dizer que 2014 foi um ano ruim, ou um ano difícil, ou um ano complicado, ou mesmo um ano que eu queria arrancar do calendário. Não. Eu não diria isso. Eu digo com toda certeza do mundo que 2014 foi uma grande merda! Um ano ruim da porra. Péssimo pode ser uma palavra que o define mais ou menos bem, porque foi pior.
Metade do ano eu fiquei doente, jogada no sofá ou na cama, sem dirigir, sem sair de casa, sem sair sozinha, sem conseguir executar pequenas tarefas a maior parte do tempo. Inchada, cansada, fraca, extremamente debilitada. Na outra metade do ano eu fiquei me recuperando da outra metade e ainda não estou 100%. É verdade que eu jamais voltarei a estar 100%, mas talvez 95%, quem sabe?
Sofri.
Sofri e fiz sofrer. Foi difícil, ainda não é fácil.
Muitas e muitas vezes eu me perguntei por que eu? Tanta gente ai com rim disponível e Deus apontou e me achou no meio da multidão. Por que eu? Porque tem que ser assim.
Nem tudo foi ruim. Algumas coisas nos meio de toda a loucura de ser doente foram boas, como por exemplo: alho poró! Alho Poró, minha última paixão, com pão quente e geleia, refogado na manteiga, fica uma delícia! Manga! Eu adoro manga e nem sabia! Melancia além de matar minha sede é tão gostosa que com ovo dá sensação de saciedade! Abobrinha recheada com arroz temperado é tão boa que a carne moída pode ser completamente desprezada!
Limonada Suíça que descobri que não existe na Suíça, inclusive porque lá só tem limão siciliano, conforme me contou a minha prima Bárbara, mata a sede, assim como também pedrinhas de gelo, pequenos goles em água gelada ou mesmo água na boca quando o desespero de sede é muito e eu penso em alguma comida gostosa, que claro, eu não posso comer, só pra boca encher de água e eu esquecer que estou morta de sede.
Eu aprendi a fazer comida saudável mesmo o Sam reclamando que verdura não enche barriga e apesar de às vezes sentir uma vontade louca e irrefreável de me jogar no sódio, no potássio e na proteína!
É, 2014 me ensinou muitas coisas, foi uma aula de como ser uma pessoa com insuficiência renal, mas não foi só isso. Eu aprendi a reconhecer as pessoas!
Acho que esta é a lição mais valiosa que se aprende quando se fica doente, reconhecer pessoas. É fácil saber quem gosta de você, quem se importa com você, quem se preocupa com você, quem tem o desejo sincero de que você vença, supere, consiga!
Hoje eu sei quem são as pessoas que estão ao meu lado, e elas sabem que eu sei quem são elas, as pessoas com as quais eu posso contar até pra rezar pra mim, por mim, por nós. E é a estas pessoas as quais não citarei nome porque elas sabem quem são, que eu quero agradecer por me ajudarem a cruzar o ano de 2014 e chegar aqui com a esperança de que em 2015 elas estarão comigo e eu estarei sempre com elas. Do fundo do meu coração, muiiiiiiiiiiiiiiito obrigada!
E a Deus eu agradeço por colocar estas pessoas na minha vida, assim como me colocou nas mãos de um médico fantástico e ainda permitiu que inventassem a internet, o e-mail, whatsapp, sms, porque meu médico me atende por qualquer um destes aplicativos.
E agradeço também aquelas pessoas que estão pouco se importando se estou bem ou mal, se consigo ou não. Pessoas que demonstraram que não merecem meu respeito e que para elas fazer malas é mais importante que ajudar quem precisa, minha eterna gratidão, vocês me deram força para lutar e lutar muito e conseguir aquilo que eu quero e que é do meu direito e de pessoas que eu gosto muito! Vou continuar na luta! Se Deus permitir, não desisto nunca e vou conseguir. E mais que isso, me deram a força necessária para que eu cometesse sincericídio!  Nada melhor que dizer o que se pensa, nada melhor do que saber a verdade.
No mais, pra nós que estamos juntos, mesmo que virtualmente ou se falando poucas vezes durante o ano, ou mantendo uma amizade distante, ou estando junto todos os dias, eu desejo um feliz 2015, mais ou menos normal, com coisas boas, coisas não muito boas ou mais ou menos, do tipo vamos ser felizes independente do que isso represente, independente das lutas, das derrotas ou das vitórias! Que venha 2015. Que Deus nos ilumine o caminho hoje e sempre.
E para aquelas pessoas que construíram uma barreira à frente dos sonhos dos outros, ou para aquelas que não são importantes pra mim, feliz 2015! Vão ser felizes bem longe de mim!
No mais espero que 2014 vá pra pqp, de roda, sem freios e no barro pra não dizer na bosta. Agora já disse!





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2 comentários:

janaina disse...

Aplaudo de in pé, sou xique falo latim kkkkkkk
Sempre ouvi dizer que o verdadeiro amigo se vê quando se está numa enrrascada, prá beber cachaça não é preciso amigo. Vi e vivi isso recentemente, tu sabes, a torcida contra é tão grande que até assusta. Mas oh prá eles pernaccia. Tamu junto mana que venha 2015.
Como diz aquela música "não tá morto quem peleia".
Feliz Carnaval kkkkkk

Marise disse...

Jana a torcida contra é grande, mas somos mais fortes, kkkk, e doidas, kkkkk tamu junto cum certeza! Feliz Natal, kkkkkkk

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